sábado, 10 de maio de 2008

O FIM DO IMPROVISO
ANA LUIZA HERZOG
REVISTA EXAME ANO 42 Nº 8 7/05/2008


Ao longo dos meses de abril e maio do ano passado, o paulistano César Suaki diretor geral de operações do atacadista mineira Martins envolveu-se num projeto inédito. Ele e outras 25 pessoas entre diretores e representantes do conselho consultivo pensaram pela primeira vez nos detalhes do planejamento estratégico da companhia para cinco anos seguintes.
Com o fim da percepção de que a cúpula detém um conhecimento arcano sobre a companhia, este processo esta englobando cada vez mais gente, além do conselho a diretoria executiva também ouve funcionários, gerentes e supervisores
O time definiu uma série de medidas a ser executado a cada ano e também estimou a curva de vendas,lucros custos e retorno sobre o capital investido.
A administração com base no improviso e no jogo de cintura vem cedendo lugar a um planejamento estratégico cada vez mais longo e detalhado.
O componente fundamental dessa mudança é a estabilidade econômica as taxas de juros e o câmbio não sofrerão grandes solavancos.
A inflação pelo menos por enquanto esta sob controle.
Outra dificuldade é fazer com que toda cadeia de produção se adapte ao novo modelo, “Até recentemente, longo prazo para os gerentes era algo como 12 meses”.
Os clientes que não acompanharem esse movimento acabaram ficando sem produtos.


Análise Crítica
Nesta reportagem verificamos o novo comportamento da gestão de planejamento das empresas brasileiras, com a estabilidade da economia os empresários estão tendo condição de planejar com mais eficiência em longo prazo.
As decisões não estão mais somente nas mãos dos grandes executivos, hoje já se compartilha o planejamento com outros níveis de direção da empresa.
Desta forma as decisões estão mais adequadas à realidade e as necessidades da empresa.
As empresas que não se adequarem a esta nova realidade correm o risco de deixarem de ganhar dinheiro e se expandir.

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